Observação de pássaros

 

Não existe televisão na Casa Ediana e na Casa Tiago. Isso é obviamente deliberado. Os hóspedes que vêm para se revitalizar connosco estão aqui para voltar à realidade. Sempre achamos surpreendente que as pessoas digam que se você não está conectado a redes sociais e à TV, está desconectado. Sugerimos aos nossos convidados que sintam o cheiro da terra molhada depois da chuva, ouçam o canto do galo, façam uma caminhada curvados sob os ramos, observem os pássaros por entre a folhagem; em suma, que voltem a se conectar com todos os sentidos. 

Portanto, o canal de TV Casa Ediana & Tiago consiste em sentar-se confortavelmente na varanda e olhar através do gradeamento de ferro forjado. Não é proibido ter uma bebida na mão. Não se mova muito. Mantenha seus olhos e ouvidos bem abertos. 

Vamos tentar ajudá-lo a reconhecer os outros hóspedes dos nossos jardins e os vizinhos na floresta próxima: os pássaros. 

Temos a sorte de os dois jardins serem frequentados por uma grande variedade de pássaros, uma variedade bastante excecional, de acordo com ornitólogos sul-africanos que moraram numa das nossas casas por quinze dias no início de 2018. Talvez porque o meio ambiente seja rico em árvores frutíferas, que o campo cultivado por atrás da Casa Tiago pelo nosso amigo Wilson atrai insetos e minhocas nos sulcos frequentemente revolvidos com a enxada, que plantamos flores, e que o povoado de Belém da Cima com suas poucas casas e jardins, oferece como uma clareira na floresta tropical, frequentada ao mesmo tempo por pássaros silvestres e os que preferem áreas abertas, por pássaros frugívoros, insetívoros, granívoros e bebedores de néctar. 

A verdadeira TV da Casa Ediana: a janela aberta para o jardim

Casa Tiago: o jardim visto da varanda

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Comecemos pela espécie de pássaros mais assídua dos nossos jardins: O TCHIN-TCHIN-CHOLÓ; em nomenclatura portuguesa, o TECELÃO DE SÃO TOMÉ. 

É uma espécie endêmica, ou seja, só existe em nossa ilha. Pertence à família dos tecelões, família que, na sua diversidade, é muito comum nos países tropicais. Eles têm em comum uma grande habilidade de tecer os seus ninhos, com caules e fibras que extraem com o bico das folhas das árvores e que trançam fazendo nós (até 12 tipos diferentes de nós). O ninho do Tchin-tchin-choló tem forma oblonga, do tamanho de uma cápsula de cacau, de abertura estreita, e a tecelagem de que é feito é tão isolante que praticamente reduz a nada a amplitude das variações térmicas observadas no exterior. Após o seu nascimento, o bebé tecelão, no fundo deste ninho, não será mais afeitado pelo frescor noturno da altitude ou pelo excesso de calor desidratante ao meio-dia, que se ele permanecesse chocado por seus pais. Em razão da qualidade do seu alojamento, escolhemos este pássaro para ilustrar o logótipo dos nossos alojamentos; mas também porque é um pássaro sociável (vive em bandos de dez a vinte indivíduos muitas vezes na mesma árvore, procurando juntos o seu alimento) e que adora cantar em coro: uma série de notas sibilantes poderosas e sonoras, às vezes precedido por alguns sinos curtos com um carrilhão e terminando com um trinado que é primeiro rápido e depois abrandado. É um concerto discreto mas muito agradável quando toma o seu café da manhã na varanda.  

O tecelão são-tomense é insetívoro. Ele se agarra aos troncos das árvores para remexer do bico cascas e musgos, inspeciona as folhas até a ponta dos galhos mais leves, reúne folhas mortas enroladas sob suas patas para dilacerá-las em busca de presas. Parece preferir as posições mais acrobáticas, muitas vezes de cabeça para baixo, ou pendurado pelas pernas em um galho para bicar de lado a folha ou o galho vizinho. 

Sua plumagem é de um amarelo menos brilhante do que a de outras espécies de tecelões africanos, mas mesmo assim muito visível.  

 
 

 
 

 
 

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Outro pequeno visitante diário: o TRUQUI (ou PRINIA DE SÃO TOMÉ). 

 
 

Também ele é endémico de São Tomé. Espalhado por toda a ilha, consegue se fazer ouvir antes de ser visto. Primeiro durante o dia, pelo seu incessante bater de asas em voo, bastante parecido com o estalar de dedos com que alguns fregueses impacientes tentam chamar a atenção de um garçom distraído num restaurante: tlac, tlac, tlac; truqui, truqui. O nome crioulo santomense desta espécie endêmica é obviamente uma onomatopeia. Outra ocasião de ouvir o truqui, se você gosta de acordar cedo: a música dele é o anúncio do amanhecer. Ele é o primeiro pássaro diurno a “chamar o sol”; por volta das 5h, os machos, empoleirados nas copas das árvores, proclamam o seu domínio sobre o seu território por meio de uma série de canções em frases curtas e rápidas. Então, depois de um quarto de hora, o Truqui voa alto, realizando um verdadeiro balé, subindo e descendo em solavancos numa pista imaginária de alguns metros de largura, emitindo uma música cada vez mais animada, com fases de várias centenas de notas seguidas por pausas curtas, cantos e pausas sendo pontuados por suas violentas e ruidosas batidas de asas. Parada do show entre 5h30 e 6h; todos os animais da floresta, assim como os camponeses que vão para seus campos, já entenderam que o dia pode começar. 

No resto do tempo, o Truqui só dá voz com pequenos gritos curtos – exceto durante a época de reprodução (estação das chuvas, de setembro a dezembro), quando o macho retoma ao entardecer o seu show de balé cantado.  

As suas atitudes corporais são muito interessantes de observar. Ao procurar os pequenos insetos que são o seu alimento habitual, muitas vezes levanta sua longa cauda verticalmente, formando um ângulo reto com o corpo. Por vezes, é capaz de ficar parado em voo, emitindo seus estalidos de asa característicos, antes de mergulhar a pique; e ondula a cauda ao passar de árvore em árvore.  

Bonitos tons de cinza e preto por todo o corpo, rosto ruivo. Se é abundante em toda a ilha, é sem dúvida porque uma crença tradicional, talvez ligada aos seus ritos de anunciar o sol, o torna um pássaro considerado bento de Deus e as crianças ficam proibidas de o caçarem. Pena que todas as aves do arquipélago não gozem da mesma reputação sagrada! 

 
 

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Wikimedia Christophe Belleron

Wikimedia Doug-Janson

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Menos difundida, mas bastante visível, porque não é muito tímida: a VIUVINHA, ou VIÚVA DOMINICANA, chamada também de VIUVINHA-CAUDA-DE-FIO. 

Essa viúva é de rara elegância, a cintura bem apertada em seu traje preto e branco (hábito das freiras dominicanas). Na realidade, essa elegância é sobretudo a do macho durante a época de reprodução (geralmente entre dezembro e abril), quando veste a sua plumagem nupcial: um bonito fraque com cauda de pega, que pode medir até 30 cm. Fora desse período, o macho perde suas penas cerimoniais e as substitui por uma roupa mais sóbria, de um preto menos moiré, de um branco menos nevado, com uma cauda mais curta. A fêmea mede apenas 10 cm e se contenta, da mesma forma que os jovens, com uma plumagem castanha com algumas listras pretas e fulvas. 

É uma ave dita antropofílica, ou seja, gosta da companhia humana. É porque foi domesticada por muito tempo em várias partes de África como uma ave de estimação, antes de sair de moda, e os espécimes selvagens atuais são, por uma grande parte, descendentes de indivíduos que tinham sido soltos e devolvidos à natureza. 

Os machos são polígamos, mantendo haréns de várias dezenas de fêmeas, que acostumam seduzir com uma dança nupcial espetacular: voos de sucessivos levantamentos e descidas abruptas verticais, o corpo arqueado, as asas bem estendidas, fazendo vibrar as penas mais cumpridas produzindo um som alternadamente zumbido e estridulante, acompanhado por uma canção de cortejar composta de algumas notas altas. Já assistimos a danças que pareciam ser encenadas apenas para o nosso prazer, à nossa frente, sem que tivéssemos avistado uma fêmea (talvez estivesse escondida pela vegetação?). 

A sociabilidade deste pássaro é surpreendente. Regularmente, um deles bate com o bico nas vidraças da Casa Cádio, talvez atraído pelo seu reflexo, e, quando ficamos do outro lado do vidro, às vezes executa uma linda dança diante das lentes da nossa câmara. 

A fêmea tem o hábito, como o do cuco, de pôr os seus ovos (vários por ninhada) no ninho de outra ave – em São Tomé, no de Quebla-cana. O Quebla-cana se dá ao trabalho de chocar esses ovos com seus próprios ovos e alimenta toda a ninhada até que os filhotes estejam todos em idade de voar.  

A Viuvinha é granívora. Por isso, prospera mais em áreas de savana e em terreno aberto. Mas ela aparentemente encontra sementes suficientes para se sustentar em áreas florestais como Belém. 

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QUEBLA-CANA 

Obviamente, os pais adotivos da jovem viúva, os Quebla-cana, passarinhos com máscara engraçada da mesma cor vermelha viva que a do seu bico, vêm também procurar a sua comida de sementes nos nossos jardins. Gostam de bicar no chão em grupo.  

 

É difícil de ver, porque frequenta principalmente a cima da copa das grandes arvores da floresta, mas ouve-se fácil e frequentemente: o OSSOBÔ; seja o CUCO ESMERALDINO. 

Não é uma espécie endêmica, encontra-se cucos esmeraldinos no continente africano; mas tornou-se uma espécie de pássaro símbolo do nosso país, cantado pelos poetas, pela sua beleza colorida, mas também por causa da lenda de que seu canto, uma frase repetida um pouco triste e obsessiva, é um chamado para a chuva (é frequentemente apelidado pelos Sãotomenses de Pássaro da chuva). 

Até agora, nunca vimos nenhum deles frequentar os nossos jardins. Mas frequentemente ouve-se o seu chamado em três notas (uma longa, duas curtas), proveniente da floresta vizinha. Quanto a provar que atrai chuva, é verdade que nossa região é um lugar onde as chuvas são frequentes, mesmo que breves na maioria das vezes. Então, se você ouve o ossobô pelas janelas abertas da casa, se o tempo está nublado, é certo, quer dizer que não vai demorar muito para chover; e se você ouvir quando tem muito sol, provavelmente vai chover mais tarde, no final do dia ou talvez só amanhã; o ossobô não pode estar errado! De salientar que dificilmente o ouvimos cantar na estação seca. 

Como os cucos de Europa, a fêmea ossobô bota seu único ovo no ninho de outro pássaro insetívoro; na maioria das vezes, o tecelão de São Tomé, o tchin-tchin-choló. Esse fenômeno não foi muito bem estudado e não se sabe se, conforme se fala no cuco europeu, o jovem intruso mais vigoroso consegue jogar seus irmãos adotivos para fora do ninho.  

Adulto, o ossobô mede cerca de vinte centímetros. Os machos e as fêmeas têm uma libré quase idêntica, peito amarelo brilhante, costas, asas e cabeça verde-esmeralda, pequenas manchas mais escuras na plumagem da cabeça e pescoço, dando a impressão de um eriçado irregular; e penas por volta das pernas, como calcinhas largas de cor amarelo-limão. Insetívoro, é um grande comedor de lagartas. 

Mucumbli Explore

Wikimedia Jimfbleak

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Fácil de observar, porque muitas vezes está no solo ou em ramos baixos, e porque é uma ave maior que as anteriores: a MONCANHA ou o MUNQUÉ; seja, a POMBA PRETA. 

Tem cerca de 25 a 30 cm de comprimento e seu peso é geralmente superior a 100 gramas. Isso significa que atrai, infelizmente, os jovens caçadores de Belém, crianças e adolescentes, que atiram com estilingue, pegam com visco ou fabricam armadilhas sofisticadas para ele. O que faz que, embora não é considerada uma espécie ameaçada ao nível global, sua população em São Tomé e Príncipe parece estar em declínio. Sentimo-nos ainda mais honrados em receber nos nossos jardins a visita de dois representantes da espécie, um elegante casal. Na maioria das vezes, é Madame quem percorre o espaço relvado da Casa Tiago, com ar pensativo, exibindo sarda em tons quentes e asas cinzentas, remexendo as folhas mortas. Às vezes vemos o Senhor, de cor mais escura, ou ambos os cônjuges, que, empoleirados na sebe, bicam com prazer as pequenas bagas pretas de cipós aqui chamadas de “folhas de tartaruga”. Enquanto essas lianas de folhagem elegante oferecem seus frutos aos nossos amigos pombos, nós arrancamos as folhas para prepará-las como o espinafre. 

Onívora, esta ave procura a sua comida principalmente ao nível do solo, mais também nas árvores: sementes, frutas, insetos, caramujos. Nidifica em arbustos a pouca altura, o que o torna ainda mais vulnerável. 

 

Muitos outros pássaros virão visitá-lo. 

  

O nosso amigo o CHAMARIÇO DE SÃO TOMÉ, que os Sãotomenses chamam de PARDAL. Ele tem, é verdade, a mesma atitude atrevida e o mesmo tagarelice de chilro repetitivo que o pardal de Europa. 

Um elegante pardal, o SUI-SUI, conhecido também como PEITO CELESTE: uma delicada plumagem marrom aveludada cobre seu crânio, seu dorso, o topo de suas asas, a ponta de sua cauda; mas esse pássaro marrom acaba por ser um pássaro azul quando voa: a garganta, o peito, a parte inferior das asas são do mais perfeito azul-celeste. Adicione patas rosa suaves a esses tons pastel: é o rei da elegância discreta. 

 

Wiki Hans Hillewaert

Wikimedia Rabby Jean-Marc


Pássaro bebedor de néctar, da família poeticamente chamada de “beijaflores”: O BEIJAFLOR DE PEITO AMARELO que vem frequentar os jardins de nossas casas, é chamado aqui SÉLÉLÉ. 

Muito pequeno (no máximo 8 cm), é uma ave que nunca fica parada; até agora, não conseguimos capturar a sua imagem em foto. Podemos ouvir seu pequeno som ritornello muito animado ao longo do dia (muitas vezes canta em grupo), e às vezes podemos vê-lo remexendo no cálice de nossas flores com seu bico longo, fino e curvo. 

 

 

Um papa-moscas, o JÉGUÉ, ou PAPA-MOSCAS DE SÃO TOMÉ. Esta espécie de aves tornou-se bastante rara, a tal ponto que um dos ornitólogos sul-africanos domiciliado na nossa casa em 2018 achou por bem relatar nas redes sociais para a comunidade ornitóloga mundial, que pôde observá-lo no jardim da Casa Tiago (Paradise Flycatcher, Terpsiphone Atrochalybeia). Continuamos a receber por vezes a visita de representantes da espécie em 2020 e 2021. 

Wikimedia Francesco-Cecere

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Wikimedia Thibaud-Aronson

 

 

 

 

 

 

 

Lindos colombídeos: além do Munqué já citado (a Pomba Preta), o elegante e bastante travesso CURUCUCÚ, ou ROLA DO SENEGAL, que adora bicar o parque de estacionamento da Casa Ediana.  

E o POMBO DE NUCA BRONZEADA, que aqui chamamos erradamente ROLA. É um pombo bravo de uma espécie endémica do nosso arquipélago, muito caçado pela sua carne saborosa (geralmente apanhado com cola), admiravelmente preparada pelos cozinheiros da nossa região, que constitui um ápice da gastronomia santomense. Muitas pessoas da capital vêm nos restaurantes da Trindade e dos arredores nos finais de semana com a família para o saborear. Resultado: esta ave, que era uma das mais difundidas na ilha de São Tomé, está classificada agora como espécie em vias de extinção.  

No entanto, ainda não desapareceu. Seu arrulho suave continua a ser ouvido quase em toda parte na floresta e nas plantações. Num dos trilhos de passeio pedestre perto de Belém, o PP MZ 05 (veja o site saotome-principe-trekking.com), quando você percorre o trecho entre Mongo e Monte Café, um caminho largo e pouco inclinado ao qual damos o nome de “caminho das eritrinas” oferece, na estação seca, um verdadeiro concerto que se realiza sob a majestosa abóbada cravejada de pétalas laranja-avermelhadas. 

O mesmo arrulho calmante às vezes vai balançar, vindo do matagal vizinho, suas tardes de descanso nas varandas de nossas casas. 

E você poderá também, mais ocasionalmente, ver outras espécies de tecelões; andorinhas e andorinhões; speirops (o OLHO GROSSO); etc… 

 

Convêm mencionar também os AVES DOMÉSTICOS. 

Muitas pessoas em Belém (incluindo Wilson, que faz parte da equipa da Casa Ediana e Casa Tiago, e mora a menos de 100 metros das duas casas) criam pombos; não para comê-los, mas como animais de estimação e por sua estética. Você pode pedir para ver os lindos pombos do Wilson ou do nosso vizinho Quique em seus respetivos pombais. Esses pombos às vezes pousam na beirada do telhado das nossas casas, fazendo caminhadas sonoras nas chapas onduladas acima dos quartos e da varanda. É impressionante constatar quanto tempo e dinheiro alguns Belenenses, principalmente os jovens, podem dedicar, embora estão longe de nadar no ouro, a essas aves ornamentais. 

Wilson também cria galinhas e patos. Nossa amiga vizinha, Senhora Sila, também cria muitas galinhas. Você também pode comprar seus ovos, recém postos, durante a sua estadia. 

Os criadores de galinhas de São Tomé não cortam as penas de asas das suas aves. E a maioria desses galináceos não dorme numa capoeira, mas sim, na cima de árvores. Então, nas nossas ilhas, as galinhas voam. Um voo bastante pesado, mas podem vir empoleirar-se em galhos a 8 metros do solo bem como nos telhados das casas. Elas não deixam de fazê-lo, principalmente para tomar um banho de sol no início da manhã enquanto se aquecem nas chapas metálicas. Banhos de sol às vezes um pouco barulhentos (as chapas do telhado são sonoras e o cacarejar em nada discreto). Esperamos que você não se sentir incomodado.  

Em São Tomé, não temos mentalidade produtivista. Uma galinha é valorizada por sua beleza, e não porque ela dá muitos ovos ou muita carne. As pessoas se visitam para ver as galinhas umas das outras: “Ai, senhora, a sua galinha branca e cinza é linda! “-” Nem tanto quanto o seu galo preto de colarinho vermelho que eu admirava ontem! “ 

Admire, você também; desfrute da liberdade destas galinhas domésticas, que vêm empoleirar-se no cercado de madeira da Casa Ediana, conduzem os seus pintainhos a bicar entre os nossos canteiros, e que podem ser avistadas das janelas da Casa Tiago a percorrer os matos vizinhos num grande movimento de folhas mortas.  

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Escrevemos um pequeno livreto ilustrado para os nossos hóspedes que podem consultar nas casas, com um pouco mais de detalhes sobre as aves que poderão encontrar em Belém e arredores. Mas a nossa ilha é rica numa diversidade muito maior nesta área (143 espécies registradas em todo o país, incluindo 33 endêmicas): aves marinhas, pernaltas, guarda-rios, papagaios, perdizes nas savanas … Vão poder observar enquanto fizerem excursões em nossos vários espaços naturais. 

 

O nosso amigo Lúcio Primo, que faz parte da mesma associação anfitriã que nós (a associação PTP SANTOLA), é um guia de montanha conhecido por seu conhecimento da ornitologia local. Há quase 20 anos que apoia missões científicas internacionais em todo o arquipélago, e nos locais mais remotos, para a realização de estudos comportamentais ou de biodiversidade. Se você estiver interessado, iremos colocá-lo em contato com ele para excursões, de um ou mais dias, dedicadas à observação de pássaros (birdwatching). Serão momentos mais cansativos do que a hora do aperitivo a ver pássaros das varandas da Casa Ediana e da Casa Tiago, mas, se não tem medo de praticar desporto na montanha, vale a pena. 

 

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