Refeições

Em cada uma das casas, tem uma cozinha equipada, que permite preparar as suas refeições como desejar. Pode fazer as suas compras, quer nos quiosques na beira de estrada que, em Belém, oferecem alguns produtos básicos, ou, para ter mais escolha, na pequena cidade vizinha de Trindade (a 1,7 km, ou seja, 20-25 minutos a pé, 3 minutos de carro), no minimercado e no mercado. 

Ponhamos à sua disposição nas casas alguns produtos básicos que você não vai precisar de comprar: sal, pimenta, azeite, vinagre, açúcar, café, chá de China, chás de ervas. A preparação dos pequenos-almoços é da sua responsabilidade, permitindo-lhe levantar-se quando quiser. No entanto, nos podemos preparar, como uma celebração especial, uma vez durante a sua estadia, um pequeno-almoço santomense, que lhe traremos da casa vizinha (preço: 5 euros por pessoa). Isso permitirá que você deguste doces de jaca ou de papaia, tortilhas de farinha de mandioca, linguiças frescas com coentro e micocó (uma espécie de manjericão tropical), o maravilhoso café arábica que cresce em nossa região. 

Para as outras refeições, aconselhamos que faça conhecimento com a cozinha crioula. Prato básico: peixe marinado por muito tempo em suco de limão, grelhado no carvão, acompanhado de arroz e bananas, ou às vezes de fruta-pão. Outros pratos frequentes: polvo marinado e grelhado, ou ao molho; frango com ervas; búzios em molho forte. Sem esquecer o prato nacional, o calelú, que não se encontra em todos os lugares todos os dias, porém, devido à extensão do tempo de preparo: pode-se comer calelú de peixe, frango ou cabrito; cozinhado muito tempo, tem consistência de molho cremoso, com azeite de palma vermelha em que se reduzem lentamente as beringelas e o quiabo amassados, e inclui todo um conjunto de “folhas” picadas e amassadas, ou seja, plantas silvestres colhidas na floresta. O calelú é servido com arroz e purê de banana-da-terra (“angú”), que ajudam a absorver um pouco o molho – pouco picante, mas rico. Encontrará todos estes pratos nos pequenos restaurantes da zona: na Trindade ou em Batepá (a menos de 2 km); ou um pouco mais longe, no Monte Café ou na estrada da Milagrosa. No Monte Café, o restaurante Efraim oferece pratos mais sofisticados que valorizam os dois produtos locais, o café e o cacau, de forma original; poderá degustar peixe fumado, cuja defumação foi realizada com a queima de café verde, ou mangas torradas com café e cacau. E não pode deixar de provar pelo menos um almoço de pratos requintados (e light: à base de peixes e legumes locais) no extraordinário restaurante gourmet Almada Negreiros, a 850 m acima do nível do mar (vista excecional). 

Quer experimentar a gastronomia local ainda mais original do que a destes restaurantes? Arcádio leva-o a almoçar ou jantar em pequenos estabelecimentos ou com famílias que aceitam, apesar da demora do preparo, cozinhar (mediante reserva, com 24 ou 48 horas de antecedência) pratos tradicionais em desuso : o ijogo, preparado com folhas colhidas no mato e trituradas com peixes frescos e fumados, porém de consistência menos líquida que a do calelú; o soho de matabala, sopa bastante consistente preparada com esse tubérculo africano típico; o quisaca, feito com folhas de mandioca e três tipos de peixes cozidos em óleo de palma vermelho. Ou, em famílias de donos de roça, inovações culinárias como o “porco de domingo” (versão santomense de porco com ananás), ou peru ou pato servido num molho longamente cozido em lume brando. 

Por fim, nas nossas casas mesmas (Casa Ediana e Casa Tiago), Jacques, Dálio, Georgina e Arcádio vão preparar diante dos seus olhos algumas receitas locais, cujo segredo você levará para a sua casa: o caril de frango ou de peixe (esta versão santomense do curry indiano é adoçada com leite de coco e açafrão local); as fatias de peixe andala com beringela; na estação (Junho a Agosto), peixe voador grelhado marinado em vinagre de palma… Preço: € 10 por pessoa.